2) Ceticismo, Comportamento, Cristianismo, Evangélicos, Filosofia, História, Idiocracia, Islamismo, Mitos Desmascarados, Mídia, Política, Psicologia, Religião Uma proposta feita pelo Brasil de permitir que a orientação sexual seja tratada em fóruns das Nações Unidas está gerando polêmica e protesto de países islâmicos. O Brasil tentou inscrever uma organização não-governamental de defesa dos direitos de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais na ONU para que a entidade possa participar dos debates sobre discriminação, racismo e intolerância. Mas Irã, Egito, Líbia e Argélia lideraram os países islâmicos para tentar impedir a inscrição da ONG. O que os brasileiros chamam de direito, em nossos países é crime e punido duramente. Essa é uma questão religiosa”, afirmou na ONU um diplomata do Irã, que pediu para não ser identificado. Márcia Adorno, chefe da divisão de Direitos Humanos do Itamaraty, confirma que o problema existe e que o Brasil tenta negociar uma saída. “Já esperávamos que haveria resistência. Mas vamos tentar chegar a um acordo.” Uma das soluções seria a organização, a ABGLT, ser inscrita, mas não falar do assunto dos direitos de gays e lésbicas, o que a entidade rejeita. Existem cinco organizações que trabalham com a defesa dos direitos homossexuais inscritas na ONU — são da Alemanha, Canadá e Holanda. O principal temor dos países islâmicos é que o tema entre nos debates da conferência sobre racismo e discriminação que ocorrerá na Suíça em 2009. Eles preferem que o encontro se transforme em uma declaração forte contra a blasfêmia, alegando que muçulmanos em todo o mundo ocidental estão sendo atacados por sua religião. Para a delegação do Irã, não há o que discutir. “Isso é um tema religioso para nós. Não é natural do ser humano essa opção. Quem pratica isso é punido severamente em nossos países. O Corão (o livro sagrado do islamismo) não prevê essa opção”, disse o negociador iraniano. Em nenhum momento da entrevista concedida ao Estado o