Trabalho
Trabalho
A introdução de novas tecnologias desencadeou uma série de efeitos sociais que afetaram os trabalhadores e sua organização. Esses efeitos repercutiram nos processos de trabalho, na qualificação da força de trabalho, nas próprias
condições
de
trabalho,
na
saúde
do
trabalhador
e
conseqüentemente nas políticas de ocupação, afetando diretamente a questão do emprego. O uso de novas tecnologias trouxe em muitos países a diminuição do trabalho necessário, que se traduz na economia líquida do tempo de trabalho, uma vez que, com a presença da automação microeletrônica, começou a ocorrer uma diminuição dos coletivos operários e uma mudança na organização dos processos de trabalho.
Essa economia do tempo de trabalho levou ao chamado "desemprego tecnológico"; que é justificado por muitos autores como uma melhor otimização dos recursos humanos nos processos produtivos do capital variável.
Nos países avançados, o desemprego tecnológico é minimizado por planos de desenvolvimento e reorganização social, nos quais, apesar do uso de novas tecnologias, são mantidos os níveis de emprego. Porém existe uma discussão contínua promovida pelos seus sindicatos, conforme afirma Falabella no que diz respeito à diminuição ou ao desaparecimento de seus coletivos de trabalho, "sobre o flagelo do desemprego e a concorrência entre os jovens treinados para lidar com a nova tecnologia e os operários especializados de meia-idade”.
Já nos países não avançados, como o Brasil, as discussões normalmente não ocorrem e quando acontecem têm fins socialmente estabelecidos pelas classes hegemônicas, defendendo seus principais interesses políticos. Dessa maneira, precisa-se começar a discutir a possibilidade de políticas que girem em torno de medidas reivindicatórias, que permitam ao trabalhador ter conhecimento daquilo que pode ocorrer consigo, à medida que é afastado do processo de trabalho pelas causas decorrentes dessas novas exigências