Trabalho

Apresentação: O que você vai assistir a seguir trata-se da representação de uma trabalhadora de uma mina de carvão na Inglaterra do século XIX, onde o capitalismo industrial havia criado desigualdades humanas gigantescas, com condições de vidas miseráveis.
Narração (Betty): Betty Harris foi obrigada a se casar aos 16 anos, mesmo sem saber ler e escrever. Com um casamento desse arranjado, logo saberia que por ironia do destino iria engravidar, e não foi diferente.
Betty: Ai Senhor Jesus Cristinho, por quanto tempo mais vou ter que aturar? Desde muito tempo vivo nesse tormento. Que raiva! Eu nunca folgo. Queria era estudar pra me livrar do bruxo do meu patrão.
Narração (patrão): Seu patrão era um porco capitalista, que se achava o mais top de todos os top’s, mas que nunca na história do Brasil era tudo isso. Todavia, ninguém ousaria dar um “piu”, até por que, ele podia te por na rua em um piscar de olhos.
(Música). (O patrão de Betty chega).
Patrão: Como é que é? Me chamou de bruxo? Só pode ta ficando louca.
Betty: É, tu não ouviu?
(Ele parte pra cima dela).
Betty: Olha a lei Maria da Penha.
Patrão: Larga de ser trouxa pequena. Eu não sei como tu tem a coragem de falar que eu sou um bruxo, aliás, foi eu que te dei esse emprego.
Betty: Eu é que não sei como tu tem a coragem de chamar isso de emprego.
Patrão: E tu ainda continua reclamando. Garota tu tem que fazer é o que eu mandar, por que eu te dou dinheiro e o privilégio de olhar essa beleza encantadora que só eu tenho.
Betty: Hahaha, é muito iludido uma pessoa dessa. Tu acha mesmo que eu queria trabalhar aqui? Só o que eu ganho é um salário que nem uma formiga consegue ter conforto. Não se tem dignidade, respeito e se não obedecer fica na miséria. (Ela se dirige ate a mesa para comer). Fora que a comida daqui é uma porca...
(Ele a interrompe).
Patrão: Ei, ei, ei. Para agora de falar isso. Tu é muito mal agradecida, não sabe dar valor a nada. Já que você está reclamando da minha comida, fica sem comer.