Trabalho
5. A detecção precoce de complicações pós-operatórias;
6. O diagnóstico diferencial entre infecção e rejeição em pacientes submetidos a transplante de medula. Nos últimos dez anos, entretanto, a proteína C reativa ganhou mais uma importância ao se tornar um marcador de risco para doença cardiovascular aterosclerótica. A arteriosclerose é atualmente reconhecida como um processo gradativo, que envolve alterações metabólicas, trombóticas e inflamatórias da parede vascular.
A proteína C reativa é utilizada na estratificação do risco de arteriosclerose clínica e poderá indicar, em indivíduos de risco elevado, mudanças nos estilos de vida. Não há um consenso para o nível de corte para a PCR no qual se possa estabelecer um maior risco de doença cardiovascular. Em um estudo realizado em mulheres, no qual a PCR era de alta sensibilidade, outros marcadores inflamatórios e lipídios foram determinados e o risco relativo para desenvolver doença aterosclerótica foi de 2.1,em indivíduos com média de PCR de 0,19 mg/dL.
Métodos de dosagem da PCR As primeiras determinações de PCR eram realizadas por soroaglutinação em partículas de látex em lâmina, sendo o resultado expresso semiquantitativamente em cruzes (+/ ++++), a partir de uma interpretação subjetiva. Posteriormente, foi possível a determinação quantitativa da concentração sérica da PCR através de imunoturbidimetria e nefelometria, expressando-se os resultados em mg/dL 68 . Entretanto, esses métodos têm sensibilidade reduzida para detecção de baixos níveis de inflamação: a determinação da concentração sérica mínima é em torno de 0,31mg/dL pelos dois métodos em nosso laboratório do Hospital Universitá- rio Antônio Pedro. A sensibilidade imunonefelometria é insuficiente em 30% dos casos, segundo Haverkate e cols. 25 , chegando a 40% em nosso serviço (dados não publicados). Concentrações séricas, a partir de 0,072mg/dL, já conferem risco aumentado de eventos