Trabalho
Brasília, 14 de março de 2013
Morre índio atacado por adolescentes Pataxó tinha 95% do corpo queimado Agência Folha 21/04/97 20h06
De Brasília
(http://www1.folha.uol.com.br/fol/geral/ge21041.htm)
O índio pataxó Galdino dos
Santos, no domingo, em hospital de Brasília
O índio pataxó Galdino Jesus dos Santos morreu nesta madrugada no Hospital da
Asa Norte de Brasília. Na madrugada de sábado para domingo, cinco rapazes atearam fogo em Santos com um líquido inflamável. O índio teve 95% do corpo queimado.
Os jovens colocaram fogo em Santos quando ele dormia em um ponto de ônibus depois de uma festa do Dia do Índio. Quatro dos rapazes estão presos: Max Rogério
Alves, Antonio Novely Cardoso de Vilanova, Tomás Oliveira de Almeida e Eron
Chaves de Oliveira. Um adolescente, G.N.A., de 16 anos está na Delegacia do
Adolescente. Eles alegaram não saber que se tratava de um índio, mas de um mendigo.
O presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio), Júlio Gaiger, classificou o ataque ao índio pataxó Galdino Jesus dos Santos, 45, como "mais um episódio da banalização da violência". Segundo ele, o crime não deverá ser transferido para a competência da Justiça Federal por não se caracterizar como agressão a comunidades indígenas. Quatro dos cinco autores do crime são maiores de idade e podem ser condenados a até 30 anos de prisão. A polícia afirma que eles serão indiciados por crime hediondo por ter sido ação em grupo-, por tentativa de homicídio doloso (intencional) qualificado
-por motivo fútil e uso de fogo-, além de corrupção de menores, porque o quinto integrante do grupo tem 16 anos.
Para o delegado Valmir Carvalho, da 1ª DP, o fato de os rapazes trocarem de carro um Fiat Uno pelo GM Monza- para cometer o crime e usarem um líquido que estava previamente nesse carro -ou foi colocado- indica a premeditação do crime.
Juca Varella/Folha Imagem
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Um dos acusados, Antonio
Novely Cardoso de Vilanova, filho de um juiz, é transferido
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