trabalho
DE ENZIMAS A PARTIR DA CASCA DE COCO VERDE
MARIA ALICE ZARUR COELHO *
SELMA GOMES FERREIRA LEITE *
MORSYLEIDE DE FREITAS ROSA **
ANGELA APARECIDA LEMOS FURTADO ***
Investigou-se o aproveitamento da casca do coco verde, mediante fermentação semi-sólida, para produção de enzimas. A casca de coco foi previamente desidratada, moída e classificada em três diferentes granulometrias, ou seja, 14, 28 e 32 mesh Tyler. Todas as enzimas obtidas tiveram sua produção máxima na faixa de 24 e 96 horas, o que corresponde ao tempo de produção industrial corrente. Cada granulometria produziu complexos enzimáticos ricos em diferentes atividades. O estudo realizado validou a hipótese do aproveitamento do resíduo da casca do coco verde na produção de enzimas por Aspergillus niger.
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INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, especial atenção vem sendo dada para minimização ou reaproveitamento de resíduos sólidos gerados nos diferentes processos industriais. Os resíduos provenientes da indústria de alimentos envolvem quantidades apreciáveis de casca, caroço e outros. Esses materiais, além de fonte de matéria orgânica, servem como fonte de proteínas, enzimas e óleos essenciais, passíveis de recuperação e aproveitamento.
O aumento crescente no consumo do coco verde e a vocação natural para a industrialização de sua água vêm aumentando a geração de rejeito
(casca de coco), que corresponde a cerca de 85% do peso do fruto.
Segundo dados fornecidos pela Companhia de Limpeza Urbana do Rio,
COMLURB, o coco corresponde a cerca de 80% de todo o lixo coletado na
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Professora da Escola de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ.
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Pesquisadora da Embrapa Agroindústria Tropical, Fortaleza – CE.
(e-mail: morsy@cnpat.embrapa.br).
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Pesquisadora da Embrapa Agroindústria de Alimentos, Rio de Janeiro, RJ.
(e-mail: afurtado@ctaa.embrapa.br).
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B.CEPPA, Curitiba, v. 19, n. 1, jan./jun. 2001
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