Trabalho
No final de outubro de 2006, a CVRD concluiu a aquisição da INCO no Canadá, tornando se a segunda maior mineradora do mundo. Poucos dias depois, a CSN - que já controla vários ativos nos EUA e na Europa – iniciava uma acirradíssima disputa pela siderúrgica européia Corus. A Gerdau já tem mais da metade de seu faturamento proveniente de ativos fora do Brasil. A Sadia investe na Rússia. O Itaú tem operações de varejo na Argentina. O grupo Votorantim tem investimentos nos Estados Unidos, Canadá, Peru e Bolívia, além de escritório na Europa e Ásia. A lista de empresas brasileiras internacionalizadas é crescente. Até o início da década de 1990, poucas empresas brasileiras aventuravam-se além da simples exportação de seu excedente de produção. Adquirir ou iniciar operações fora do Brasil eram sonhos distantes de algumas poucas empresas pioneiras. De lá para cá, muito mudou: a abertura comercial forçou grupos industriais brasileiros a cortar custos e ajustar seus core businesses, enquanto privatizações geraram novas empresas ágeis e competitivas. Ao mesmo tempo, o baixo crescimento da economia brasileira e o elevado custo de capital interno 'forçaram' muitas empresas a procurarem oportunidades além das fronteiras brasileiras. Certamente, a mídia brasileira nos trará, nos próximos meses e anos, muitas outras histórias de internacionalização, seja por estas empresas já mencionadas ou por 'novas entrantes'. Muitas serão as histórias bem-sucedidas, mas certamente as empresas brasileiras terão também suas doses de dificuldades, como é normalmente o caso nas expansões internacionais. Uma recente pesquisa internacional realizada pela Bain & Company, mostra que três em cada cinco expansões geográficas falham completamente, e somente uma em cada seis empresas alcançam crescimento internacional rentável. A experiência destas empresas pode trazer lições valiosas para os pretendentes brasileiros à internacionalização. Os