trabalho
FEMININO PELOTENSE EM 1950:
UM ESTUDO GENEALÓGICO
Dr. Luiz Carlos Rigo
Professor da Escola de Educação Física (Esef) – Universidade Federal de Pelotas (Ufpel)
Líder do Grupo de Pesquisa Estudos Culturais em Educação Física
E-mail: lcrigo@terra.com.br
Ms. Flávia Garcia Guidotti
Mestre em ciências da comunicação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos)
E-mail: flaviaguidotti@hotmail.com
Larissa Zanetti Theil
Bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) –
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
E-mail: larissatheil@bol.com.br
Marcela Amaral
Bolsista do Ministério da Cultura
E-mail: marcelaesef@yahoo.com.br
Apoio: Rede Centro de Desenvolvimento do Esporte
Recreativo e do Lazer (Cedes) – Ministério do Esporte
RESUMO
Este artigo tem como objetivo contribuir para a historiografia do futebol feminino pelotense e brasileiro. O recorte estabelecido foi o ano de 1950 e a cidade de Pelotas, RS. Mais especificamente, as equipes femininas do Vila Hilda F. C. e do Corinthians F. C. A metodologia utilizada foi a História Oral, feita a partir do cruzamento de fontes orais, escritas e imagéticas.
A pesquisa mostrou que aquele futebol feminino já possuía características do esporte moderno
(organização, treinos, competição) e que, justamente por isso, foi alvo de interdição do CND
(Conselho Nacional de Desporto) que exigiu a sua suspensão, ajudando a fortalecer o discurso de que mulher não combina com futebol.
Palavras-chave: Memória; futebol feminino; história oral.
Rev. Bras. Cienc. Esporte, Campinas, v. 29, n. 3, p. 173-188, maio 2008
173
INTRODUÇÃO
Apesar de ainda pouco divulgada, a prática do futebol feminino não é um acontecimento recente. Giulianotti (2002) assinala que, em muitos países, ela é praticamente contemporânea ao futebol masculino. No Brasil, tem-se registros da sua existência em cidades como São Paulo e Rio de