Trabalho
Mitos e lendas Africanas que influenciaram na cultura Brasileira
Prof. Thiago
Aluno: Natan Eduardo Ferreira da Silva Nº20 3ª série A
Os africanos trouxeram consigo sua religião - o candomblé - e sua cultura, que inclui as comidas, a música, o modo de ver a vida e muitos dos seus mitos e lendas. Trouxeram ainda - é claro - as línguas e dialetos que falavam.
No Brasil, o folclore foi resultado da miscigenação de três povos (indígena, português e africano) e da influência dos imigrantes de várias partes do mundo. Por isso, nosso país tem uma tradição folclórica variada, rica e muito peculiar. Em cada região brasileira, o folclore apresenta semelhanças e diferenças.
A imagem que se faz da Iara ou Mãe d'Água, em geral, é a de uma sereia, às vezes loira, mulher da cintura para cima, peixe da cintura para baixo, que fica sobre um rochedo, cantando. Com o canto, seduz o homem que passa o marinheiro ou viajante, que, ao acompanhá-la para o fundo das águas, morre afogado.
Segundo o folclorista Luís da Câmara Cascudo, esse é um mito de origem européia, que chegou ao Brasil na segunda metade do século 19. A sereia está presente na mitologia de diversos povos europeus. Aparece, desde a Odisséia, de Homero que data do século 9 a.C. Porém, no relato homérico, ela é meio pássaro e não peixe.
A Mãe d'Água, porém, está presente em outras tradições que ajudaram a formar o folclore brasileiro: as tradições africanas. É o caso de Iemanjá, dos negros iorubanos, um orixá do candomblé. Iemanjá é a mãe ou rainha das águas e é a entidade que deve ser cultuada especialmente por aqueles que vivem do mar, pescadores e marinheiros.
Por sua origem africana, Iemanjá, que ainda pode ser conhecida como Janaína ou dona Janaína, não tem originalmente a forma de uma sereia e nem é branca. É a mistura de várias tradições, lendas e mitos que vai resultar naquela mulher alva, vestida de azul-claro, que é representada, em geral, saindo das espumas do mar.
A propósito de