trabalho
ELISÂNGELA APARECIDA NOVAIS DA CRUZ
RESENHA CRÍTICA
FILME: QUANTO VALE OU É POR QUILO?
Filme baseado em histórias reais, vivenciadas no Brasil, que mostra a venda de escravos e a exploração da miséria de uns para o enrriquecimento de outros.
Apesar de serem vividas em outro momento da nossa história, as situações que foram aclaradas no enrredo do filme não estão distantes da nossa realidade.
A escravidão mostrada pelo filme hoje não existe de forma tão explicitada, porém, nunca deixou de existir na essência daqueles que veem os negros apenas como fruto da escravidão. Não temos compra e venda de escravos como antes, mas temos a desvalorização do ser humano pelo simples foto de ele ter a cor da pele diferente. Pesquisas mostram que os negros recebem 50% a menos que os não-negros na região metropolitana de São Paulo, segundo pesquisa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) e da Fundação Seade. As taxas de desemprego também são maiores para negros em comparação às pessoas de outras raças (17,6% contra 13,3%) e nas empresas brasileiras, pouco mais de 3% dos cargos de chefia são ocupados por negros, segundo o Ibope e o Instituto Ethos.
Infelizmente, a escravidão não acabou com a abolição da escravatura, ela perdura na mente e nas atitudes das pessoas. Os negros são vistos como alguém diferente, na passagem do filme na contagem para a propaganda o ator salienta que “naquele dia preto era bonito”, as pessoas carregam consigo uma imagem negativa da pessoa negra.
A dívida histórica do Brasil com os negros, talvez, nunca a veremos paga. Os pretos, sua maioria pobres, são usados para o enrriquecimento dos brancos. O tratamento com inferioridade com que são vistos os pretos estão vislumbradas nesta pesquisa do IBGE:
Distribuição das famílias por classe de rendimento médio mensal familiar per capita segundo a cor do chefe.
Classes de Rendimento
Famílias segundo a cor do chefe