Desenvolvimento As transformações na economia mundial nos últimos anos resultaram de processos como a urbanização, a industrialização e o avanço tecnológico. Como consequência, houve redução na oferta de empregos e aumento da concorrência no mercado de trabalho. Com isso os empregadores tiveram de diversificar seus empreendimentos para garantir sua permanência no mercado e a mulher pôde ingressar no âmbito profissional. É cada vez mais expressiva a participação feminina no mercado de trabalho remunerado e em algumas situações chega a ser o principal suporte financeiro no orçamento familiar. Isso permite destacar que, além da maternidade, a mulher passa a preocupar-se com a sua satisfação pessoal e o sucesso de sua carreira profissional buscando, por exemplo o aperfeiçoamento por meio de estudos a fim de garantir sua ascensão no mercado de trabalho. A entrada da mulher no âmbito do trabalho traz repercussões na organização e na estrutura de funcionamento familiar, levando à proposição de novas configurações, arranjos familiares com interferências diretas na relação familiar. Porem com grandes números de trabalhadores o emprego ficou cada vez mais raro. As mudanças encontradas na relação família-trabalho sob o processo recente de reestruturação das atividades econômicas da Região Metropolitana e o modo como este processo, na ausência de políticas de proteção social, afeta o empobrecimento das famílias. A pequena expansão das oportunidades de trabalho no período, associada ao crescente do desemprego dos principais mantenedores da família, levou a que se estabelecessem novos arranjos familiares de inserção no mercado de trabalho, de modo a garantir a subsistência. Os rearranjos observados entre 1990 e 1994 refletem assim, o deslocamento da responsabilidade pela manutenção da família dos principais mantenedores e seu maior apadrinhamento com os outros componentes do grupo familiar. O empobrecimento dos diferentes tipos de família está relacionado aos rearranjos de