Trabalho
Marie-Esprit Léon Walras nasceu em 1834, em Évreux, no departamento de Eure. Sua vocação de economista derivou de seu pai, cuja formação era de filosofia, mas possuía grande interesse em economia. Walras ingressou na Escola de Minas em 1854, mas abandonou logo em seguida para aprofundar seus conhecimentos em filosofia, literatura e, claro, economia. Apenas em 1870, aos 36 anos, prestou concurso e virou titular da cátedra de economia da Academia de Lausanne (Suíça). Aposentou-se em 1892 e se dedicou aos seus escritos. Morreu na Suíça em 1910. Léon Walras pertence à corrente Neoclássica, fundada com o britânico Stanley Jevons, da Escola de Cambridge, e Carl Menger, da Escola de Viena. Possui uma contribuição considerável ao pensamento econômico. Seu programa é baseado na criação de uma modelagem matemática da economia para demonstras seus mecanismos. Sua outra iniciativa teórica é partir da troca que lhe parece a ação principal dentro do sistema econômico. Além disso, ele renova a teoria do valor fundada na utilidade, mais precisamente na utilidade marginal, isto é, a utilidade da ultima porção do bem consumido. Mas sua grande contribuição ao pensamento econômico se deve à sua teoria do equilíbrio geral. Pertencente à corrente liberal, Walras, porém, invoca a intervenção do Estado, justificando, em certos casos, a existência de monopólios naturais, sobretudo no transporte ferroviário, e defende a nacionalização de terras. É favorável também a uma regulação estatal da criação monetária.
1) Walras reformula a teoria do valor
Walras abandona a visão clássica da teoria do valor, cuja formulação era associada ao custo de produção, para se associar à visão neoclássica, onde o valor era ligado à utilidade do bem junto ao consumidor. Entretanto, essa utilidade não é total, e sim, de uma utilidade marginal do bem. O conceito de utilidade marginal, desenvolvido na mesma época e ao mesmo tempo por Léon Walras,