Trabalho
A prosperidade aparentemente indestrutível do pós-guerra foi socavada, a partir o fim dos anos 60, pela diminuição dos ganhos de produtividade do trabalho, nos Estados Unidos primeiro e depois nos outros países industrializados.
As empresas e as direções sindicais, tentavam apaziguar os trabalhadores, concedendo-lhes melhoras salariais, mas sem grande êxito. As grandes empresas reagiam a esta queda de sua lucratividade de duas maneiras:
Aumentando os preços de seus produtos;
Transferindo linhas de produção para países que já contavam com uma base industrial razoável.
As duas reações tiveram efeitos negativos sobre a balança comercial dos países industrializados, sobretudo dos EUA, em que os salários eram mais altos e a rebeldia operária estava ligada a luta dos negros contra a discriminação e à resistência contra a Guerra do Vietnã.
Quando um país importa persistentemente mais do que exporta, sua dívida com o resto do mundo cresce e sua participação na produção mundial regride.
O confronto entre governos nacionais e capitais multinacionais está na raiz da crise e finalmente da destruição do sistema internacional de pagamentos, que tinha sido estabelecido em Bretton Woods (EUA), no fim da Segunda Guerra Mundial. Este sistema tinha por base o compromisso de os vários governos manterem estável o câmbio, ou seja, o valor de sua moeda em relação às demais.
O sistema funcionou a contendo até que o balanço de pagamentos do EUA começou a ficar cronicamente deficitário, e o governo americano perdeu o controle sobre o movimento de capitais para fora do país.
Em agosto de 1971, o presidente Nixon repudiou o compromisso de manter a equivalência entre o dólar e i ouro, dando assim um gigantesco calote nos que tinham amealhado aquela moeda, confiantes na estabilidade do seu valor.
Nos anos 50, os países europeus estabeleceram o Mercado Comum Europeu, eliminando entre eles todas as barreiras comerciais. Nos anos 60 e 70, o comércio