trabalho
Depois de virar uma febre nos anos 70 e sair de moda nos anos 90, a corrida recupera o gás e alastra-se por todas as grandes capitais do planeta. É o melhor exercício físico para prevenir diversas doenças - hipertensão, infarto, obstrução coronárias, muitos tipos de câncer, como os de próstata, de mama e de intestino, diabetes e derrames - segundo as últimas pesquisas de universidades dos Estados Unidos e do Canadá. E ainda emagrece mais rapidamente, oba! Mas muito cuidado. A corrida é o exercício físico que também oferece os maiores riscos de lesões, devido ao seu impacto que joga, a cada passada, cinco vezes o peso do corpo em cada pé. Para livrar a corrida de todos os perigos, a biomecânica, que estuda os fundamentos mecânicos das ciências biológicas, especialmente das musculares e das articulares, aliou-se à indústria de calçados de alta tecnologia e garantiu à atividade a segurança que ela precisava para ser, enfim, a melhor de todas. É por esta razão, segundo o professor de educação física Norton Martins de Freitas, que a corrida voltou a ser um exercício "de massa", cultuado nas ruas e até nas academias, através das concorridas running classes. Este trabalho tem como objetivo analisar a biomecânica da corrida, suas particularidades e suas implicações.
OS MÚSCULOS ENVOLVIDOS NA CORRIDA
A corrida, como um dos esportes mais completos, mexe com quase todos os músculos do corpo humano, mas os mais exigidos estão localizados nos membros inferiores (pernas e pés), no tórax e nos membros superiores (braços). Cada músculo desses apresenta uma função e é mais ou menos importante para a corrida. Mas todos têm suma importância específica. Para melhor estudo dos músculos, o melhor é dividi-los em grupos. Primeiro, os músculos dos membros inferiores, pernas – os mais importantes – por darem a impulsão