Trabalho

Segundo Serrai (1975), a civilização humana formou-se através do acúmulo de experiência de gerações antecessoras passadas de geração a geração. A conservação desse conhecimento exige um registro físico permanente ou duradouro para que ele possa ser transmitido às gerações futuras. Durante um tempo a humanidade transmitiu esse conhecimento de forma oral para sua geração e à geração seguinte, diferentemente do conceito de biblioteca, que se prende à escrita em materiais leves e estáveis também chamados de documentos. Houve a divisão entre arquivo e biblioteca, arquivos reunindo documentos não elaborados, assim como testemunhos diretos de uma época, enquanto bibliotecas reuniram os documentos elaborados, produtos intelectuais e espirituais de gerações.
Serrai (1975) afirma que a história das bibliotecas, além de fornecer um panorama das principais coleções, tem a finalidade de indicar as mudanças e variações sofridas pelas bibliotecas em relação à função e finalidade através dos séculos até a crise dos dias de hoje em que a demanda de informação se tornou desproporcional aos serviços providos pela biblioteca.
O problema em relação à organização surge com o crescimento das coleções de livros. Foi criado um sistema de organização para que os documentos possam ser encontrados de forma rápida e econômica. Assim foi formado o catálogo por autores e títulos e o catálogo de matérias/assunto (SERRAI, 1975).
De acordo com Serrai (1975), muitos séculos antes de Cristo existiram grandes bibliotecas. As provas mais tangíveis disso foram deixadas pela civilização assírio-babilônica: a biblioteca de Nínive, com tijolos de barro organizados em seções. A biblioteca de Alexandria também nos deixou um grande acervo de obras, contava com um catálogo de classes e dentro de cada classe os autores eram arrolados segundo ordem alfabética, assim como a biblioteca de Pérgamo, rival de Alexandria.
O fim da biblioteca antiga no ocidente se deve a acontecimentos sociais, políticos e