trabalho
Como buscar o que se ignora.
As idéias não nascem das experiências sensíveis, de onde se originam? Platão exclui a hipótese de que as idéias derivam do sentido: elas são pura visão intelectual, uma representação na tela da mente. Explica que conhecer é para a alma, lembrar o que já sabia antes de encarnar em um corpo. Essa tese central do platonismo sustenta doutrinas como órfico-pitagórica da metempsicose ou transmigração de almas. Em geral para Platão a mente humana não adquire conhecimento a partir do exterior, mais recorda, no seu interior, aquilo que outrora adquiriu e depois esqueceu. A alma que transmigra de um corpo para o outro, mais antes de ocupar um novo corpo tem a possibilidade de completar as idéias, o modelo perfeito das coisas.
Todo conhecimento é uma recordação.
O processo que leva a formação dos conhecimentos não nasce da experiência: de fato não formamos a idéia de cavalo observando muitos cavalos. A prova é que nada na natureza pode dar origem à idéia abstrata de semelhança, se bem que obviamente existem coisas que julgamos semelhantes. Com a teoria do inatismo: a alma conhece as coisas recuperando a lembrança adormecida daquilo que viu no mundo extraterreno antes de reencarnar.
O destino do filósofo e o mito da caverna.
A caverna escura é o nosso mundo; os escravos acorrentados são os homens; as correntes são as paixões e a ignorância; as imagens ao fundo da caverna são as percepções sensoriais; a libertação do escravo é a ação liberatória da filosofia; a aventura do escravo fora da caverna é a experiência filosófica; o mundo fora da caverna corresponde ao mundo das idéias, o único, verdadeiramente; o sol que ilumina o mundo verdadeiro é idéia do bem que conduz ao conhecimento; o regresso do escravo é o dever do filósofo de envolver a sociedade na experiência da verdade; incapacidade do escravo em readaptar-se à vida na caverna é a inadequação social dos filósofos; o escárnio do escravo e o destino reservado ao escravo; a morte