Trabalho
GOVERNO DE NASSAU:
Quando Nassau foi chamado para governar o Nordeste holandês, em 1636. Seu governo revelou-se extraordinariamente fecundo em realizações culturais e artísticas. Antes da chegada de Nassau, Recife era um lugarejo com menos de 200 casas, 10 anos depois transformou-se numa cidade com mais de 2000 edifícios, passando a ser a capital do Brasil holandês.
Nassau saneou a região, uniu-a à capital por várias pontes e nela ergueu seus palácios. provavelmente sob orientação do arquiteto Pieter Post. Seguindo o Conde, diversos funcionários graduados da Companhia das Índias Ocidentais o imitaram e ali construíram suas residências, permanecendo em Recife somente os armazéns, as oficinas e as repartições públicas. Uma cidade holandesa nasceu no Brasil, que o Conde orgulhosamente batizou de cidade Maurícia.
ARTE HOLANDESA:
Maurício de Nassau trouxe para o Brasil, dentre outros prováveis, os pintores Frans Post e Albert Eckhout, cuja importância não reside em seu pioneirismo, visto que não foram os primeiros artistas europeus a trabalhar no Brasil, mas em outros motivos: foram os primeiros a abordar, no Brasil e na América, assuntos não religiosos, como paisagens, retratos, figuras humanas e de animais ou naturezas-mortas. De todos os artistas que trabalharam no Brasil holandês, Frans Janszoon Post foi o mais importante. Pouco se sabe sobre o seu aprendizado, feito talvez, sob a orientação do irmão arquiteto Pieter Post.
FRANS POST:
De origem holandesa, chegou ao Brasil, ao convite de Nassau, em 1937, com 24 anos de idade, e tomou parte em diversas expedições, com um objetivo de montar uma grande coleção de desenhos com motivos brasileiros para o seu mecenas. Morou com Nassau no palácio das Torres. Desenvolveu intensa atividade, não só na elaboração de suas paisagens, como também na fixação de vistas de portos e de fortificações.