trabalho
MATRICIALIDADE SOCIOFAMILIAR: COMPROMISSO DA POLÍTICA DE
ASSISTÊNCIA SOCIAL E DIREITO DA FAMÍLIA1
Dalva Azevedo Gueiros2
Thais Felipe Silva dos Santos3
RESUMO
Este artigo busca refletir sobre matricialidade sociofamiliar em termos conceituais e em sua operacionalidade em espaços referenciais de assistência social, situando-se na articulação entre os fundamentos teórico-metodológicos advindos do Serviço Social e a prática profissional. Discute as famílias contemporâneas e suas questões, sobretudo aquelas que dependem da atenção do Estado para promover o cuidado e a proteção a seus membros. Nesse sentido, parte-se do entendimento de que a situação presente de famílias socialmente vulnerabilizadas é fruto de percursos sociais complexos, resultantes da desigualdade social e de transformações no mundo do trabalho e nas relações de gênero, entre outros aspectos. A partir de informações empíricas coletadas entre assistentes sociais, adentra-se à análise de aspectos que norteiam a intervenção profissional em Centros de Referência de Assistência Social, e toma-se como pressuposto que uma proteção social efetiva requer o acesso de todos a direitos sociais.
PALAVRAS-CHAVE: Assistência Social, Famílias, Matricialidade Sociofamiliar,
Serviço Social
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Para elaboração do presente artigo utilizou-se também resultados de pesquisa que, originalmente, embasaram o Trabalho de Conclusão do Curso de Serviço Social (UNICSUL – São Paulo/SP), de Thais
Felipe Silva dos Santos, orientado por Dalva Azevedo Gueiros, intitulado “O trabalho com famílias nos
CRAS e CREAS de São Paulo: a matricialidade sociofamiliar tem centralidade?”.
2
Mestre e doutora em Serviço Social; especialista em Família; assistente social no Tribunal de Justiça do
Estado de São Paulo; professora na Graduação em Serviço Social e no Mestrado em Políticas Sociais da
Universidade Cruzeiro do Sul; co-coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Políticas e
Práticas Sociais com