Trabalho
O título do filme é uma metáfora sobre a dialética, isso se comprova numa cena em que Don Gregório desenha a língua de uma mariposa na lousa, e afirma que ela é em forma de espiral - a maneira clássica de se compreender a dialética - (embora eu prefira a forma do movimento do átomo).
A história acontece às vésperas da Guerra Civil Espanhola, se desenrola a partir da visão de mundo do menino Moncho sobre as coisas que começa a aprender na escola e na vida, contrapondo-as algumas vezes com os valores familiares. Don Gregório é um anarco-comunista, tem uma maneira libertária de educar numa época em que a educação era muito conservadora.
A arte e a afetividade estão muito presentes no filme. É um filme para ser assistido várias vezes, há uma riqueza enorme de detalhes que merecem nossa atenção: o aprendizado através do questionamento, da curiosidade, da contradição.
O diálogo constante e a descontrução de pequenas verdades, como, por exemplo, a existência do inferno, e o significado da morte. Os indivíduos e suas angústias também estão nesta obra prima do cinema espanhol.
A relação professor aluno é muito delicada, os dois aprendem juntos a conviver e aprendem mais ainda com a convivência.
Dom Gregório é um sábio, e o questionar é constante, e ele acredita que é possível manter seus princípios até o final.
Sinopse
O mundo de Mocho vivia em paz até o início da Guerra Civil Espanhola. É seu primeiro ano na escola, ele gosta do professor e encontra um novo amigo, Roque. Em uma viagem com a banda de seu irmão, Mocho descobre o que acontece em seu país. Rebeldes fascistas abrem fogo contra o regime republicano e o povo se divide. O pai e o professor do menino são republicanos, mas os rebeldes ganham força, virando a vida do garoto de pernas para o ar.
Gostei muito do enredo do filme : a língua das mariposas. Ele conta a história de um professor que educa crianças para a vida e para serem cidadãos. O professor dá sua aula prática