Trabalho
HISTÓRICO
Sun Tzu, também conhecido como Sun Zi ou Sun Wu, natural do estado de Ch'i, viveu durante o período histórico da China conhecido como o dos "Reinos Combatentes" (476-221 a.C.). O primeiro registro da obra foi feito pelo famoso historiador chinês Ssu-MaChien por volta do ano 100 a.C. Obra seminal entre os "clássicos marciais", A Arte da Guerra foi estudada por centenas de oficiais chineses e japoneses durante séculos a fio. Os grandes generais tinham como costume incluir notas e comentários aos versículos do livro, que foram sendo acrescentados à cada nova versão, até consolidar a considerada padrão, datada do fim do século XVIII.
Somente em 1772, por intermédio da tradução para o francês do padre J. J. M. Amiot, o ocidente pode ter acesso ao texto integral de A Arte da Guerra e é bem possível que tal publicação tenha caído nas mãos de Napoleão. Hoje é impossível existir uma escola militar que ignore seu conteúdo. Era o "livro de cabeceira" de Mao TseTung.
Se existe um propósito no qual toda a evolução tecnológica do homem é empregada com mais afinco, certamente é na criação de artefatos bélicos. É de espantar-se então que toda academia militar que se preze tenha como leitura obrigatória uma obra escrita quatrocentos anos antes de Cristo, quando os homens guerreavam com armas tão rústicas quanto espadas, flechas, paus e pedras.
Como explicar a longevidade de uma obra como A Arte da Guerra, do general chinês SunTzu, se os instrumentos de batalha evoluíram tanto no espaço de tempo entre o surgimento deste texto milenar e os nossos dias?
Uma pista estaria na maioria dos tratados militares feitos pelos gregos e romanos, que sempre tiveram a preocupação de discutir uma estratégia em particular, ou de resolver um problema de ordem tática. Eles discutiam planos mirabolantes que se aplicavam a uma única situação, como os estratagemas propostos por Arquimedes. Sun Tzu garantiu seu espaço na posteridade ao observar os aspectos