trabalho
Vamos afirmar que: "Um carro estando com a velocidade escalar constante pode ter aceleração". O que você acha?
Esta afirmativa parece falsa, mas é verdadeira.
Esta situação acontece quando o carro está se movimentando em uma trajetória circular (fig. 5.1A).
Neste caso o vetor velocidade varia de direção e sentido no decorrer do tempo, podendo o seu módulo permanecer constante ou não.
Quem provoca esta variação na direção do vetor velocidade?
Sabemos que para mudar qualquer característica do vetor velocidade é necessária uma força .
Esta força, denominada força centrípeta, atua na direção do raio da circunferência, buscando o centro, imprimindo ao carro uma aceleração na mesma direção e no mesmo sentido denominada aceleração centrípeta (fig. 5.1B).
No caso do carro, a força centrípeta é a força de atrito entre os pneus e a estrada. Se não existisse esta força, o carro sairia pela tangente em movimento retilíneo uniforme (posição 4 da fig. 5.1A).
Veja que esta aceleração é devida à variação à direção do vetor velocidade e não da variação do módulo do vetor velocidade.
Concluímos que a nossa afirmativa inicial é verdadeira, isto é, o carro pode estar com velocidade escalar constante e possuir uma aceleração (aceleração centrípeta), quando sua trajetória é circular.
Movimento circular uniforme: Quando a trajetória é circular e a velocidade é constante em módulo.
Da fig. 5.1A, o carro estando em movimento circular uniforme, temos que:
V1 = V2 = V3 = V4 (velocidades escalares iguais)
V1 V2 V3 V4 (velocidades vetoriais diferentes)
Figura 5.2
(A) - Movimento circular uniforme de uma partícula indo de uma posição A B. VA = VB.
(B) - Determinação do vetor diferença V.
(C) - Medida do arco S = V t.
Os triângulos POQ e ACB são semelhantes porque são isósceles, tendo os ângulos dos vértices iguais. Considerando a medida do arco Vt aproximadamente igual à medida do arco corda AB,