trabalho
Paulo Roberto Andrade - Agência USP - 05/05/2010
O arquiteto Anabi Resende Filho, da USP, quatro sistemas de esgotamento sanitário, visando a racionalização do uso da água e verificou as vantagens e as desvantagens econômicas de cada um deles.
Os vasos sanitários tradicionais consomem entre 6,8 e 12 litros de água por acionamento, dependendo do modelo.
Descarga sanitária a vácuo
Já o sistema de esgotamento sanitário a vácuo, utilizado em aeronaves e plataformas de petróleo, consome cerca de 1,2 litro de água a cada acionamento, gerando uma economia na conta de água de cerca de 30%.
Sua utilização também produz menos esgoto, sendo ambiental e socialmente mais correta, por reduzir custos nas estações de tratamento de esgotos.
"O sistema a vácuo é o mais econômico entre os sistemas analisados, no geral. Ele é mais indicado em edifícios de perfil vertical de elevação e/ou de grande afluxo de pessoas (aeroportos, shoppings, etc.) e é o único que reduz o uso de água limpa", avalia Resende.
Como funciona a descarga a vácuo
O pesquisador conta que o sistema a vácuo funciona com uma tubulação com pressão menor que a do ambiente externo (do vaso sanitário).
"No momento do acionamento da descarga, o ar do meio externo invade a tubulação a fim de igualar as pressões dos dois ambientes", explica Resende.
Essa diferença de pressão gera uma entrada de 80 litros de ar para dentro da tubulação a uma velocidade acima de 600 quilômetros por hora (km/h), carregando os dejetos. O 1,2 litro de água é usado apenas para a limpeza do vaso.
Sistemas de vasos sanitários
Além do sistema a vácuo, o pesquisador analisou o sistema gravitacional (o tradicionalmente utilizado no Brasil), o sistema de reúso de água e o de aproveitamento de águas pluviais.
Os dois últimos exigem duplicação da tubulação do edifício, por usarem, respectivamente, águas servidas (já usadas) e águas de chuva captadas pelo telhado das edificações (por