Trabalho
ESTERILIZAÇÃO
A história da criação e do desenvolvimento da CME está diretamente ligada ao desenvolvimento das técnicas cirúrgicas ao longo dos tempos. Inicialmente, as intervenções cirúrgicas não despertavam interesse dos praticantes da
Medicina, devido à divisão hierárquica que havia entre o saber e o fazer. Os pioneiros na realização de procedimentos cirúrgicos, considerados de categoria inferior, eram os
“cirurgiões barbeiros” e os curandeiros.(1) Com e eclosão de grandes guerras, porém, esse tema vai tomando um novo enfoque, já que os médicos viam-se nos campos de batalha diante de um crescente número de soldados
que necessitavam de amputações de membros e até mesmo de contenção de hemorragias para garantir sua sobrevida. Diante disso, a cirurgia começava a ser uma real demanda na evolução da Medicina, e os profissionais viam-se forçados a criar novas técnicas cirúrgicas que lhes permitissem acessar as diversas estruturas do corpo humano e, para que isto fosse possível, era preciso criar instrumentais que viabilizassem a execução dos procedimentos. Desta forma, foram criados diversos tipos de instrumentais que atendiam às mais diversas técnicas cirúrgicas sem, contudo, receberem um tratamento adequado quanto a sua limpeza e conservação, já que na época a tecnologia era escassa. Além disso, o mais importante para os cirurgiões era evitar que aqueles instrumentais pudessem servir de fonte de contaminação para os pacientes, já que os estudos de Pasteur e Kock, na época, demonstraram que os microrganismos eram responsáveis pela transmissão de doenças aos seres humanos (2) A descoberta de microrganismos patogênicos fez com que surgisse a necessidade de adoção de certas medidas preventivas, tais como: a assepsia nos procedimentos cirúrgicos, a lavagem das mãos (instituída por Semmelweis) (2); a separação dos pacientes feridos e