trabalho
1.INTRODUÇÃO A época atual evidencia alterações profundas à sociedade, em decorrência do fenômeno da globalização dos mercados e do avanço do projeto neoliberal que preconiza mudanças estruturais profundas ao mundo do trabalho, nas funções do Estado e a descentralização das políticas sociais. O impacto trazido por todo esse processo acarretou o redimensionamento das profissões afetando as condições e as relações do trabalho profissional. Neste contexto, insere-se o Serviço Social como profissão que tem a questão social e suas múltiplas expressões como objeto de trabalho, fundamentando-se na contradição da
Sociedade capitalista, na qual a produção e reprodução das desigualdades sociais criam tensões, vivenciadas por sujeitos que a elas resistem e se opõem.
Para Iamamoto (2004 p.27) é nesta tensão entre rebeldia e resistência que trabalham os assistentes sociais, “situados nesse terreno movidos por interesses sociais distintos, os quais não é possível deles abstrair ou deles fugir porque tecem a vida em sociedade”. Daí a necessidade a partir de uma perspectiva crítica e refletir sobre a centralidade do trabalho na constituição dos indivíduos sociais e como categoria fundante do ser social, para compreensão dos fundamentos teórico-metodológicos e técnico-operativos do trabalho do assistente social, a partir de uma análise das categorias que mediam e conduzem à reflexão do exercício profissional. Na construção deste entendimento as categorias: trabalho e alienação, instrumentalidade e mediação, e cotidianidade, foram eleitas como base desta reflexão. Assim, ao apreender a realidade sócio-histórica, onde o homem deve ser visto como ser social dentro de uma perspectiva de totalidade compreende-se que as relações sociais realizam-se ligadas diretamente aos indivíduos e não são construídas isoladamente obtendo-se, assim uma visão ética da dinâmica social, onde a moral a