trabalho
O Brasil sediará a próxima edição da Copa do Mundo FIFA de Futebol, que será disputada entre 12 de Junho e 13 de Julho de 2014. Trata-se de um megaevento que exige um enorme esforço de organização e elevados gastos (estimados inicialmente em mais de R$ 26 bilhões), cujo principal financiador é o Estado. Para justificar os gastos na preparação da Copa, o governo federal tem destacados os muitos benefícios decorrentes de sediar este megaevento esportivo, principalmente os impactos econômicos e os legados para a sociedade em geral. Por exemplo, Orlando Silva, então Ministro do Esporte, em artigo publicado no jornal Folha de São Paulo em 2 de abril de 2011, afirmava o seguinte:
“É um evento que produz oportunidades e que serve como catalisador para o desenvolvimento de quem a realiza. [ ... ] A Copa gera empregos. Estudo contratado pelo Ministério do Esporte estima que serão criados 330 mil empregos permanentes até 2014 e que o eventos produzirá outros 380 mil empregos temporários. [ ... ] A Copa estimula a melhoria do transporte coletivo nas nossas principais cidades (SILVA, ORLANDO 2011).
Entretanto, a opinião de que a Copa significara uma inestimável fonte de benefícios não é unanime. Por exemplo, às vésperas da edição ultima edição do torneio ( Copa do Mundo 2010 – África do Sul ), o economista Fernando Ferrari Filho, da UFRGS , dizia que países em desenvolvimento tendem a ter mais custos que benefícios: “ Para países com boa infraestrutura, que precisam investir menos, a taxa de retorno será mais atraente. Mas em casos como da África do Sul e do Brasil, que necessitam construir quase tudo, minha avaliação é de que haverá mais custo do que beneficio.” Para vários especialistas do mercado financeiro, entrevistados também no ano de 2010, é muito difícil estimar o impacto sobre o crescimento do PIB, dependendo da efetivação de investimentos privados, o que por sua vez depende da previsão de demanda futura nos respectivos segmentos