Trabalho
A repetência pode ser considerada uma “pseudosolução” para a garantia de aprendizagem dos alunos?
A repetência é um tema complexo, não há uma definição conclusiva e ou consensual sobre a mesma. Muitos educadores ainda pouco preparados e esclarecidos com relação ao tema acreditam, sim, que a repetência é uma solução, mesmo que falsa, para garantir a aprendizagem. O que falta a este grupo de educadores é a consciência e o entendimento de que este processo é também uma amostra do trabalho desenvolvido por ele no que tange ensino e aprendizagem, pois o educador é co-responsável por este processo e ao “julgar” o nível de aprendizagem de seu aluno sem critérios adequados está julgando também de maneira equivocada e reduzida o processo de ensino que ele desenvolve. A reprovação não garante aprendizado, o que garante aprendizado é a forma com que o educador acompanha e desenvolve no dia a dia de seus alunos, diagnosticando as dificuldades e trabalhando par saná-las.
Entende-se que a avaliação é uma prática necessária ao trabalho do professor e que deve estar sempre presente no processo ensino aprendizagem, a avaliação é uma reflexão sobre o nível de qualidade do trabalho escolar e é importante para que a educação cumpra seu papel. O professor deve oportunizar ao aluno refletir sobre o mundo e levá-lo à construção do conhecimento.
O que vemos hoje, é que avaliação, em muitas realidades, está a serviço do autoritarismo do professor, justificada pela falsa crença de que a avaliação mede o saber e, portanto, a reprovação ou a aprovação justificam a qualidade de aprendizagem ou o não aprendizado do aluno.
A avaliação deve assumir um sentido orientador e reflexivo, auxiliando o trabalho do educador. É consenso que avaliar é preciso. Sem a avaliação perdem-se os parâmetros da aprendizagem. É preciso repensar e reconsiderar o posicionamento com relação a aprendizagem uma vez que a própria idéia de aprender fica permeada pela retenção, idéia já enraizada no