trabalho
Por Andreia Sena Silva dos Santos, acadêmica da FSP/USP e estagiária da Nutrociência.
O Brasil é conhecido internacionalmente por receber os estrangeiros de braços abertos e pela sua intensa miscigenação. Durante séculos de história foram diversas as influências não só na cultura, mas também na alimentação dos brasileiros. Até o século XIX as principais influências foram as dos povos indígenas, que já habitavam o país; dos portugueses, colonizadores da terra; e dos africanos, trazidos como escravos para trabalhar na agricultura. Após esse período, ocorreram outras correntes migratórias como a dos italianos, espanhóis, alemães, árabes e tantos outros que também influenciaram os hábitos alimentares brasileiros.
Influências indígenas
As mulheres indígenas eram as principais responsáveis pelos afazeres domésticos, não apenas pelo preparo da comida, mas também pela confecção dos utensílios domésticos. A principal influência indígena sobre a alimentação brasileira é, sem dúvida, a mandioca. As indígenas fabricavam a farinha de mandioca ralando a raiz, espremendo-a, para retirada do líquido e em seguida colocando-a para secar. Os colonos se utilizavam da farinha de mandioca para substituir o trigo. A tapioca, um alimento tipicamente indígena também está bastante presente na alimentação em diversas partes do país. Inicialmente era consumida apenas com manteiga, hoje pode-se observar diversos lugares que comercializam a tapioca com os mais variados recheios, doces e salgados, incluindo chocolate, doce de leite, frango, queijo e tantos outros. A região amazônica é a que parece mais preservar os costumes alimentares indígenas. O consumo de peixes como o pirarucu, tucunaré e tambaqui é muito freqüente nessa região. Outros tantos alimentos como o milho, a batata-doce, o cará, pinhão, cacau, amendoim, palmito, mamão e o caju são influências indígenas na alimentação brasileira.