Trabalho
Cerca de 27 milhões de estudantes estão nas salas de aula, o que corresponde a 97,6% das crianças entre 7 e 14 anos. Mas o Unicef chama a atenção para o fato de que a parcela ainda fora da escola (2,4%) representa 680 mil brasileiros nessa faixa etária.
O relatório mostra que a desigualdade social reflete esses números. Como era de se esperar, crianças negras, indígenas, quilombas, pobres, sob risco de violência, exploração e com deficiência, são as mais vulneráveis, segundo estudo. Segundo o UNICEF, as regiões Norte e Nordeste são onde ocorrem o maior número de crianças que não frequentam escolas.
Enquanto em Santa Catarina 99% das crianças e adolescentes têm acesso à educação, no Acre esse percentual cai para 91,3%.
O principal desafio é diminuir as desigualdades, e não apenas ter acesso à escola, mas a permanência, aprendizagem e a conclusão dos estudos na idade certa. Ainda existe um número alto de repetência e abandono escolar, causando forte impacto na adequação idade-série.
Segundo estudo, houve redução no analfabetismo em consequência do aumento da taxa de escolarização. A menor taxa de analfabetismo , segundo Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2007, está entre jovens entre 15 e 17 anos – 1,7%.
O relatório mostra que apesar dos alunos passarem em média 10 anos na escola, eles completam com sucesso pouco mais de sete séries.
O Unicef destaca que a ampliação da obrigatoriedade do ensino é fundamental para garantir a todos o acesso à educação. Hoje apenas o ensino fundamental (dos 7 aos 14 anos) é obrigatório. O fundo recomenda que a educação infantil (para crianças de 4 e 5 anos) e o ensino médio (dos 15 aos 17 anos) também sejam incluídos. Proposta de emenda à Constituição que estende a obrigatoriedade