Trabalho
Glorifica acima de tudo o estilo camoniano e o valor simbólico dos heróis do passado, como os Descobrimentos portugueses. É apontando as virtudes portuguesas que Fernando Pessoa acredita que o país deva se "regenerar", ou seja, tornar-se grande como foi no passado através da valorização cultural da nação.
Trata-se de um livro que revisita e, em boa parte, cria, uma mitologia do passado heróico de Portugal, repleta de símbolos, sebastianista, e que foi depois em grande parte incorporada na ideologia oficial da ditadura Salazarista.
Está dividido em três partes, com uma nota preliminar antecedendo-as. Todas elas, incluindo a nota preliminar, possuem epígrafes em latim. A primeira, Brasão, utiliza os diversos componentes das armas de Portugal para revisitar algumas personagens da história do país. A segunda, Mar Português, debruça-se sobre a época das grandes navegações, batendo à porta de figuras como o Infante D. Henrique, Vasco da Gama e Fernão de Magalhães, mas não se limitando a elas. A terceira, O Encoberto, é a parte mais marcadamente simbólica e sebastianista, voltando, ainda a falar de outras figuras da história de Portugal. O termo "O Encoberto" é uma designação ao antigo rei de Portugal D. Sebastião I, o que demonstra sebastianismo. Sendo também uma desintregação,mas também toda ela cheia de avisos ,fortes pressentimentos, de forças latentes prestes a virem à luz: depois da noite e tormenta ,vem a calma e a ante-manhã(estes são os