Trabalho
TELEOLOGIA E HISTÓRIA
TELEOLOGIA Y HISTORIA
TELEOLOGY AND HISTORY
Artur Bispo Santos Netoi
Resumo: Considerando que a fetichização da ratio e a fetichização da empiria conduzem ao desenvolvimento de uma habitual ternura pelas coisas suprassensíveis e pelas coisas sensíveis, o presente artigo tem como ponto de partida a crítica lukacsiana à noção de história que perpassa a filosofia da história e como esta acaba repercutindo no interior do próprio marxismo de feição dogmática e revisionista, à proporção que tenta confirmar a existência de uma determinação mecanicista ou de uma conexão necessária no desenvolvimento da história. A predominância da teleologia, enquanto categoria fundamental na fetichização da história pela concepção idealista, exprime o amálgama hierárquico de supervalorização do lógico em detrimento do ontológico. No decorrer deste texto, afirmamos que na teoria marxiana inexiste qualquer possibilidade de afirmação da teleologia na sociedade e na natureza e que tão somente no trabalho, enquanto critério de toda práxis social, subsiste uma verdadeira relação dialética entre teleologia e causalidade. Palavras-chave: Filosofia da história. Ontologia. Trabalho. Causalidade. Necessidade. Resumen: Considerando que la fetichización del la ratio y la fetichización del empiria conducir al desarrollo de la ternura habitual de las cosas suprassensíveis y de las cosas sensibles, este artículo tiene como punto de partida la crítica lukacsiana la noción de la historia que impregna la filosofía de la historia y cómo esta sólo refleja en la función dogmática del marxismo y el revisionismo, al tratar de confirmar la existencia de una determinación mecánica o de una relación necesaria en el desarrollo de la historia. El predominio de la teleología, mientras fundamental en la fetichización de la historia por idealista, expresa la mezcla jerárquica de la sobrevaloración de la lógica sobre lo ontológico. A lo largo de este texto, afirmamos que la