Trabalho
“Uma conferência das potências européias realizada entre 1884 e 1885, em Berlim, repartiu oficialmente a África em fatias, traçando fronteiras arbitrárias que ignoraram a história e a grande diversidade cultural dos povos daquele continente.”
Manoel Francisco dos Reis, jornalista
Os africanos, de fato, trouxeram uma contribuição marcante para a cultura brasileira. Nossa música popular, por exemplo, é fortemente influenciada pelos ritmos e instrumentos tocados na África. Em nosso país, a esses instrumentos foi somado o violão, que aqui chegou trazido pelos portugueses.
Contudo, não é somente na música popular que a África se faz presente em nossa cultura. Na culinária, essa contribuição é bastante significativa, principalmente nas comidas típicas do Rio de Janeiro e da Bahia, estados que receberam os maiores contingentes africanos.
A culinária baiana é muito conhecida pelo vatapá, caruru, abará, acarajé, moqueca, xinxim e o uso do azeite-de-dendê.
No campo religioso, não é menor a influencia africana. Na Bahia o culto de candomblé é muito popular, assim como o sincretismo religioso, em que divindades africanas são representadas por santos da Igreja Católica. Ogum representado por Santo Antonio, Iemanjá por Nossa Senhora da Conceição, Oxossi por São Jorge e Iansã por Santa Barbara são alguns exemplos.
Também na maneira de vestir, particularmente das baianas que vendem comidas típicas nas ruas de Salvador, podem-se identificar traços da influencia africana no Brasil.
Recentemente foram construídos em Salvador alguns edifícios que percebe-se a utilização de cores e formas que caracterizam uma arquitetura africana.
No mais tropical dos continentes, o colonialismo traçou fronteiras arbitrarias
A África é o que podemos chamar de “continente maciço”, o mais tropical dos continentes, atravessado pelo equador e pelos trópicos de câncer e capricórnio.
Ao sul do tropica de câncer, porém o Deserto do Saara manteve isolada a