TRABALHO T C
O filme Tempos Modernos de Charles Chaplin faz uma forte crítica ao capitalismo, stalinismo, nazifascismo, fordismo e ao imperialismo, bem como uma crítica aos maus tratos que os empregados passaram a receber depois da Revolução Industrial.
No filme, Chaplin protagoniza o personagem Carlitos, um operário simples que se obriga a sujeitar-se as condições deploráveis de opressão e exploração impostas pelos industriais, donos dos meios de produção, portanto, dominantes do trabalho. Na fábrica onde trabalhava, percebe-se a implementação dos modelos de produção taylorista-fordista, os quais visam a racionalização, sistematização e o total controle do processo produtivo mediante a minimização do tempo de trabalho socialmente necessário e a maximização do tempo de trabalho excedente. Isto fica visível no momento em que é apresentado ao dono da fábrica de montagens, uma máquina que alimenta os operários ao mesmo tempo em que estes trabalham, diminuindo assim, o tempo despendido para o almoço. Carlitos, assim como milhares de outros operários, era tratado apenas como um objeto de troca, um apêndice da máquina, uma mercadoria de baixo custo e valorização.
A fragmentação da produção, ou seja, a ampliação da divisão técnica do trabalho dentro das unidades fabris alienou física e psicologicamente os trabalhadores que, por sua vez, não mais dominam as etapas do processo produtivo, passando desta forma a desconhecer o fruto do seu trabalho e a transformar como algo soberano de poder extremo capaz de dominá-lo e desvalorizá-lo.
O aperfeiçoamento e o desenvolvimento da produção, o acúmulo de lucros de forma cada vez mais ascendente e a valorização do capital são os objetivos visados pelos que exploram a força de trabalho, mesmo que para isso seja necessário submeter os trabalhadores a péssimas e insalubres condições de produção. Constantemente pressionado para produzir mais e mais através do aumento da velocidade da esteira, Carlitos não