A proposta central de Platão é estabelecer uma distinção decisiva para toda historia da filosofia e das ciências, qual seja a diferença entre o sensível e inteligível. E diz que a filosofia é o esforço do pensamento de abandonar o sensível e passar para o inteligível. Dessa forma o mito da caverna apresenta uma proposta de reflexão que, apesar de antiga, ao mesmo tempo estará sempre atual e será sempre necessária todo ser humano que busca o conhecimento e a compreensão de sua existência neste mundo, em meio à sociedade. A partir dos pontos de referência dados, compreende-se que o muro existente simboliza um obstáculo imposto por uma classe dominante, para manter outras pessoas isoladas da realidade; a caverna seria o mundo das aparências em que essas pessoas vivem, e as sombras projetadas seriam o modo de garantir que esse grupo tenha suas ideias manipuladas de modo que não tenham capacidade de sair daquela situação. É possível estabelecer esta caverna como sendo todo o contexto sócio cultural em que um ser humano vem ao mundo, pois a primeira caverna de convívio seria a família, em seguida o meio social em que está inserido, as formas de governo, o sistema educacional, etc... O ambiente quer odeia e norteia os aspectos de convívio deste indivíduo em um primeiro momento, sendo projetados para ele como sombras das ideias desta classe dominante, apresentando-se para ele como a única realidade imediata, ou seja, tudo que ele pode perceber. Os grilhões e as correntes são interpretados, como as opiniões, preconceitos e crenças de que, apenas o que aquele individuo consegue perceber seja toda a realidade existente; esses grilhões e correntes são toda a herança cultural tanto do ambiente familiar quanto do meio em que vive, pode-se notar que toda pessoa enquanto aguarda a chegada da maturidade de pensamento, depende do que aprende com outros no meio social em está inserida. Portanto, podemos concluir que a alegoria da caverna é um modo de contar