Trabalho I de Contabilidade
A mentalidade Europeia, baseada nos conceitos da Cultura do Direito Romano, faz prevalecer a lei, os contratos, etc. Introduz na legislação a obrigatoriedade da Contabilidade para todas as pessoas jurídicas e vai além, voltando seu foco para a proteção dos credores. A contabilidade, que antes servia exclusivamente para fins gerenciais, torna-se conservadora. Já a mentalidade anglo-saxã, que tem como base a Cultura do Direito Consuetudinário, acredita que a consciência popular dita o que é correto. Costumes e tradições tem um enorme peso na hora do julgamento, atendo-se, nesse momento, o mínimo possível para o que quer que esteja escrito. Um argumento usado por eles é que o mundo dos negócios está sempre suscetível a mudanças, de acordo com o tempo e com as necessidades que se criam. Além disso, para uma boa Contabilidade, não era necessário seguir a lei, e sim o que os contadores consideravam mais correto, melhor. Uma das diferenças já visíveis entre essas duas mentalidades é que, enquanto uma prioriza os credores (Europeia), a outra mantém o foco na gestão de empresas (anglo-saxã). Durante a Revolução Industrial, época de alta demanda de capital devido às grandes industrias, foi possível observar outra diferença na Contabilidade quando se tratava dessas duas Culturas. Enquanto uma se desenvolveu com o crescimento do sistema bancário, a outra captou recursos junto à população por meio de ações. Reforçou-se, para os germânicos, a ideia de proteção ao credor, uma vez que o sistema bancário passou a servir de intermédio entre os empresários (que necessitavam recursos) e os poupadores. Esse processo dá início a participação dos banqueiros na gestão das empresas por eles financiadas, tendo acesso direto a sua Contabilidade. Na Inglaterra e nos Estados Unidos, os principais recursos foram obtidos por meio de lançamento de ações, situação bem distinta dos germânicos, uma vez