trabalho e sociabilidade

Dessa forma, pensando-se que em uma sociedade regida pelo capital,não é no direito do trabalho que teremos uma fonte de cidadania,mas sim o emprego a sua condição,tomando como exemplo principal a sociedade brasileira.Portanto,há de se pensar em uma sociedade ampliada e desligada do trabalho formal.Por isso,quando tomamos como base a ausência da carteira assinada,que podemos afirmar que as atividades exercidas sob as mais diversas formas de informalidade,é a negação da cidadania,compreendida como um contrato que permite a maximização de expectativas universais e de um longo prazo. Logo, essa circunstância de informalidade marca a ruptura do contrato social.É o consta no capítulo II da Constituição de 88,o qual trata da universalização da educação,da saúde,do direito ao trabalho,moradia,lazer,segurança,aposentadoria,da assistência à infância e à maternidade.Verificamos então,que há uma falha entre a existência do direito,e o seu devido cumprimento,pois, tendo como principal exemplo de trabalho informal os ambulantes,muitos deles tiveram que parar de estudar para trabalhar.É raro também uma hipótese de aposentadoria,eles não possuem expectativa nenhuma de se aposentar.Todos esses exemplos revelam que a cidadania não é universal,ao contrário,é limitada por uma série de instituições,e de uma certa forma,tornando-se privilégio para poucos. O que Gorz deseja destacar é que o trabalho assalariado,mesmo que angustiante e desagradável,tem um preço e um status público,posto que ele é regido por regras de direitos universais e ao abrigo arbitrariedade do patrão.Sendo assim,Gorz ainda defende que “a garantia de uma renda suficiente deve permanecer ligada ao direito e ao dever de cada cidadão realizar determinada quantidade irredutível de trabalho profissional ao longo de um ano,de um qüinqüênio,ou de uma vida inteira...” (Gorz,1994: pág.85) Entretanto,essa incondicionalidade da renda é um recurso que permite disfarçar o verdadeiro