Trabalho e educação
Introdução: Escola e Saber Objetivo na Perspectiva Histórico-crítica
Ao iniciar a sua obra e para efeitos de introdução, o autor fala da educação como ato de produção não material, este que o produto não se separa do ato de produção. Tendo este ponto de partida, elucida alguns saberes tais como: sensível, intuitivo, estético, intelectual, lógico, etc; mas enfatiza que do ponto de vista educativo cada um desses saberes por si só não interessa, mas passam a interessar quando se tornam necessários para que se tornem humanos. O homem não nasce sabendo ser homem, do mesmo jeito que não nasce sabendo sentir, pensar ou avaliar qualquer coisa. E cabe a ele aprender a fazê-las e é ai que entra o trabalho educativo que deve ter como referência o saber produzido historicamente. O surgimento e desenvolvimento de uma sociedade capitalista traz cada vez mais à população a necessidade de superação no que diz respeito ao saber sistemático (linguagens, matemática, ciências humanas e da natureza), deixando cada vez mais esquecido o conhecimento natural. Sendo assim vai se predominando os conhecimentos produzidos pelo homem (cultural) e o conhecimento natural vai cada vez mais sendo desprezado.
Sobre a Natureza e Especificidade da Educação
Começa desta vez enfatizando o que faz nós homens diferentes dos outros animais. Os animais em geral se adaptam de maneira natural à realidade, já o homem sente a necessidade de trabalhar, de produzir gradativamente a sua existência. E a importância do trabalho está na adaptação da natureza para a sua sobrevivência. O trabalho humano implica diretamente na produção material para a subsistência. Para isso é necessário um pouco de conhecimento das propriedades do mundo como a ciência, a arte e a ética. Já esses conhecimentos abrem brecha para outro tipo de trabalho: o trabalho não material, que possui duas modalidades.
A primeira diz respeito à produção de materiais, estes que acabam por se separar do