Trabalho Voluntário Cresce no Brasil
“É se dar sem esperar. Nada em troca dessa união”. A letra da música “A amizade é tudo” composta e interpretada por Thiaguinho resume o maior lema do voluntarismo atual. Estimativas dos principais centros de voluntariado do país revelam que cerca de 300 mil pessoas estão atuando em ONG’s, outros milhares trabalham por conta própria e mais de 24 milhões de pessoas, segundo o Movimento Viva Rio, gostariam de doar seu trabalho, mas não sabem como. A mesma tendência de crescimento no número de voluntários é notada em todo o mundo. A organização das Nações Unidas (ONU) definiu este ano como o Ano Internacional do Voluntariado.
Segundo uma pesquisa realizada ano passado pelo Instituto de Estudos da Religião (Iser) e pelo Ibope, 53% dos voluntários prestam serviço de limpeza e infraestrutura e 57% atuam em instituições religiosas. A mesma pesquisa mostra que o voluntário está em todas as classes sociais, faixas etárias e religiões e ao contrário do que se possa imaginar, não há apenas pessoas aposentadas, aquelas que naturalmente têm mais tempo para doar, que realizam trabalhos voluntários, 31% dos voluntários têm entre 18 e 34 anos. É o caso do estudante Alan Patrick, de 21 anos, que ensina crianças vítimas de violência doméstica a desenhar “transformação”.
“Eu vejo muita gente passando fome, muita gente precisando de ajuda que eu posso oferecer. E eu vi que eu sou uma pessoa que posso contribuir de alguma forma”, afirmou o jovem.
Os voluntários atuam individualmente como o estudante ou em grupo, em escolas, em projetos como “Amigos da Escola”; em instituições que atendem ou abrigam menores de rua, famílias carentes e idosos; em hospitais públicos e particulares; em projetos como “Doutores do Riso”, que alegram crianças doentes em hospitais; em abrigos como a Casa Ronald McDonald, que luta contra o câncer infantil; em instituições religiosas e em muitas outras instâncias sociais. Muito mais do que benefício para a sociedade,