TRABALHO VIVI
A partir das concepções de Jung podemos compreender a espiritualidade como uma
manifestação natural da energia psíquica, alias parte constitutiva da estrutura psíquica.
Considerada por ele como uma necessidade vital, tanto quanto a dimensão sexual.
Do nascimento até a morte, vivemos um contínuo de opções e transformações, a que
Jung chamou de processo de individualização, esse processo iniciado na infância
ergue as paredes na maturidade e culmina no telhado da velhice.
Segundo Jung, no processo de envelhecer, o corpo não evolui, e não se forjam
novos padrões físicos. Ele passa por mudanças e o declínio da competência física é
inexorável. No entanto, seu ganho é que a competência espiritual pode aumentar. A
meta da vida é “criar consciência”, é nos tornarmos especiais, divinos, é alcançarmos
a plenitude de nossa identidade, essa é nossa maior responsabilidade.
Diante da dimensão espiritual Boff (2000) delineia três atitudes: de recusa, imerso na
angustia existencial; de ceticismo, preferem a indefinição; e de aceitação e nomeação
desse Ilimitado, a dos religiosos.
Com o acúmulo dos anos e com a proximidade da morte, inevitavelmente a questão
do sentido existencial se faz presente. Neste sentido cabe-nos constatar a presença
da religião, uma das mais antigas e universais expressões da alma humana, como um
fenômeno histórico e uma realidade básica da psique humana.
Para Jung a religião ou experiência religiosa é um critério psicológico da relação do
homem com um poder transcendente e é uma experiência interna;
Cada vez mais se evidencia a importância da espiritualidade no envelhecimento e
como os fatores articulados à dimensão espiritual influenciam diferentes situações
existenciais do envelhecer. Pesquisas revelam que o aumento da espiritualidade é
fonte relevante de suporte emocional, tanto na área da saúde física como da saúde
mental, e o quanto se faz fundamental, principalmente, na hora da morte.