Trabalho téorico 5

Eletroencefalografia O exame de eletroencefalografia (EEG) registra a atividade elétrica do cérebro por meio de eletrodos afixados no couro cabeludo, para detectar alterações que possam responder sintomas neurológicos. As anormalidades são identificadas pela análise do traçado das ondas cerebrais [1]. Em 1848, o fisiologista alemão Du Boys-Reymond, demonstrou que a propagação do estímulo nervoso resultava no surgimento de uma corrente elétrica. Entretanto, somente em 1929, o neuropsiquiatra alemão Hans Berger, demonstrou que o cérebro humano também gerava tais correntes e as mesmas poderiam ser registradas, através do invento das válvulas tríodo [2]. Eram registradas as fracas correntes elétricas, sem a necessidade de abrir o crânio, e mostrá-las na forma de um registro em papel. E então, Berger denominou a esta nova forma de registro fisiológico de eletroencefalograma, e determinou que existiam dois ritmos dominantes, os ritmos alfa e beta. Esta atividade mudava de características de acordo com o estado funcional do cérebro, como por exemplo, após estimulações sensoriais, no sono, na anestesia, na hipóxia e em certas doenças nervosas, como a na epilepsia [3]. O EEG é realizado, atualmente, através do registro da atividade elétrica dos neurônios, em situação habitual, irradiados através das membranas de proteção do cérebro, líquido cefalorraquidiano, ossos do crânio e couro cabeludo, que são captados através de elétrodos implantados na superfície deste último e fixados através de pasta adesiva/condutora e obedecendo à padronização internacional, conhecida como sistema 10-20 [2].
O exame em si é indolor e não oferece riscos à saúde do paciente, além de ser um recurso propedêutico de baixíssimo custo, e quando corretamente indicado, de elevada sensibilidade e especificidade. A análise baseia-se na visualização das amplitudes, formas e frequências geradas aplicadas à topografia cerebral, à idade, às medicações em uso, ao histórico clínico do paciente.