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“o desenvolvimento dependente permite incrementar o desenvolvimento e manter, redefinindo-os, os laços de dependência, como se apoia politicamente em um sistema de alianças distinto daquele que no passado assegurava a hegemonia externa.” (CARDOSO, F. H. e FALETTO, E. Dependência e Desenvolvimento na América Latina: Ensaio de Interpretação Sociológica. 7º ed. Rio de Janeiro: Editora LTC, 1970, p. 141)
1. Propósito de Análise: Introduzir na análise do subdesenvolvimento econômico latino-americano uma dimensão sócio-política que venha se juntar à dimensão econômico-estrutural.
2. “No caso brasileiro houve a constituição de núcleos industriais em decorrência da expansão do setor exportador, configurando o surgimento de novos grupos sociais. Nas palavras do autor [FHC], ‘o sistema exportador diversificou-se, dando lugar a setores paralelos, e ademais possibilitou a formação de um setor produtivo voltado para o mercado interno” (Traspadini, 1999, p.89)
Cardoso propõe uma análise específica que leve em consideração as peculiaridades do subdesenvolvimento de cada país em particular.
3. A política de substituição de importações da era Vargas possibilitou a consolidação do mercado consumidor interno e da burguesia industrial, na conformação do jogo de poder estruturado neste período sem, contudo, romper com a subordinação e a dependência em relação aos países capitalistas mais desenvolvidos do hemisfério norte.
4. A fragilidade da burguesia nacional, assim como apontara Florestan Fernandes (fragilidade derivada do modo de sua gestação: vinculada e dependente do setor exportador e, portanto, do mercado externo), tornou-a incapaz de propor um projeto de desenvolvimento autônomo para o país: “Há que se analisar, com efeito, como as economias subdesenvolvidas vincularam-se historicamente ao mercado mundial e a forma em que se constituíram os grupos sociais internos que