trabalho sociologia
Nos últimos dez anos, o número de divórcios no Brasil quase dobrou, passando de 1,7%, em 2000, para 3,1% em 2010. Os números fazem parte de novos dados do Censo 2010. Ao mesmo tempo, o número de uniões consensuais, aquelas em que não há cerimônia no civil nem no religioso, também aumentou no país.
Segundo análise do instituto, no caso dos divórcios, a flexibilização da legislação colaborou para o aumento, o que já havia sido registrado anteriormente na pesquisa do Registro Civil, feita em 2011. Foi o que aconteceu, por exemplo, a partir de 2007, quando os divórcios puderam ser requeridos por vias administrativas, nos tabelionatos de notas, havendo consenso e inexistindo filhos menores de idade ou incapazes. Além disso, desde 2010 é possível requerer a dissolução do casamento a qualquer tempo, seja o divórcio de natureza consensual ou litigiosa.
CRIANÇAS CRIADAS PELOS AVÓS Até há aproximadamente 50 anos atrás, a família brasileira caracterizou-se , entre outras coisas, por privilegiar a família extensa, englobando-se assim, avós e outros parentes próximos. Entretanto, com as mudanças observadas pelo desenvolvimento industrial do país, com a conseqüente urbanização da população, as famílias foram restringindo-se e nuclearizando-se cada vez mais, ou seja, foram se restringindo ao seu núcleo básico de pais e filhos. Com a entrada da mulher no mercado de trabalho, lá por voltas dos anos 60 criou-se assim um problema relativo a criação e cuidado com os filhos uma vez que nossa sociedade não possui instituições adequadas para o cuidado das crianças. Assim, com a saída de cena da mãe, que passou a se dedicar às atividades profissionais, surgem elementos de substituição entre os quais os avós. Assim, se a presença dos avós até há alguns anos refletia uma maneira de organização familiar na qual muitas pessoas diferentes participavam, hoje ela representa uma