trabalho social em cuba
A sobrevivência do Trabalho Social crítico cubano e de todos aqueles existentes em outras regiões do globo (comprometidos com os pontos aqui defendidos) depende de alguns elementos que vão muito além das fronteiras culo tenha sido decisivo para Cuba. Como experiência particular, genuinamente popular e latino-americana, o triunfo do Movimento 26 de Julho em 1959, seus acertos e erros, devem ser analisados a partir de condições sócias históricas específicas. Serv. Soc. Soc., São Paulo, n. 121, p. 143-162, jan./mar. 2015 157 dessa profissão mundialmente constituída a partir dos últimos anos do século XIX. Endossando uma trilha que nega ilusões ao mesmo tempo em que reafirma uma utopia que orienta a busca pela emancipação social humana na luta real, cotidianamente dada e apenas realizada quando objetivada por meio de ações reais capazes de alterar o curso da vida social, é importante salientar alguns aspectos norteadores para a continuidade do debate:
1. O fôlego do Trabalho Social/Serviço Social crítico cubano está direta‑ mente vinculado à retomada, em escala mundial, de um projeto de esquerda de perfil claramente anticapitalista, comprometido com a construção de projetos socialistas avessos a qualquer raciocínio especulativo, idealista e a-histórico. Essa retomada, portanto, deve ser absolutamente embebida por história e por historicidade, pelas condições concretas e objetivamente dadas à possibilidade real de novas transições socialistas fiéis à emancipação humana.
2. A afirmação do Trabalho Social crítico em Cuba deve contar com uma interlocução genuína com Marx e os marxistas contemporâneos (dentro e fora da construção teórico-prática-crítica do Serviço Social/Trabalho Social mundial). Nesse contexto, o diálogo com a tradição dialética do Serviço Social brasileiro (especificamente aquela denominada por Netto (1991) como “intenção de ruptura”) é particularmente relevante e