trabalho soc rural
A agricultura rendida à indústria
Joana Marques, 53963
Introdução
A presente redacção, tem como objectivo apresentar uma reflexão ao texto extraído do livro “Globalização e Agricultura” de Manuel Belo Moreira, na qual tenho como intenção abordar os pontos chave anunciados pelo autor, no que toca ao impacte da globalização relativamente à evolução da agricultura. De facto, o autor demonstra claramente como o mundo rural se subordinou ao mundo industrial, incorporando as características que lhe estão associadas, nomeadamente nos modos de produção capitalistas, estando agora a sua produtividade sobretudo dependente da indústria e dirigida à indústria. A modernização do mundo agrícola, a par do crescimento do complexo agroindústrial, induzidos sobretudo por políticas estratégicas, traduzem por um lado, a perda de importância da agricultura e o aumento da importância das agro-indústrias. Com efeito, o autor faz notar que a tónica da evolução da agricultura, teve lugar de forma desigual, iniciando-se nos países industrializados e só mais tarde se expandiu aos países menos desenvolvidos, onde se deparou com contextos socioeconómicos de actividade agrícola, que segundo o autor, “não era de molde a que o mecanismo do “sem-fim tecnológico” funcionasse em idênticos moldes aos verificados nos EUA ou mesmo na Europa.”
Por outro lado, o autor demonstra também os efeitos marginalizadores que esta evolução traz consigo, nomeadamente pelo reforço de formas de
produção capitalistas, em detrimento das formas de produção não capitalistas. Deste modo, tendo como fio condutor os contributos do autor, nomeadamente os conceitos “sem fim tecnológico”, “apropriacionismo” e
“substitucionismo”, pretendo desenvolver a problemática subjacente à modernização da agricultura, dando realce à sua integração socioeconómica a nível global, e a sua perda de importância face a outros sectores económicos.
A modernização da agricultura
Encontramo-nos hoje, rodeados de vasta