Trabalho sobre o diagnóstico Cultural de Betim
Para a elaboração deste Plano Municipal de Cultura, diversas instâncias societárias e culturais foram ouvidas: na transição entre as gestões 2005-2008 – 2009-2012; na Conferência Municipal de Cultura de 2009, que reuniu os setores da cultura e também os usuários por regionais; e nos próprios Seminários Temáticos do Plano Municipal de Cultura.
A partir do capítulo Diagnóstico, o Plano Municipal de Cultura de Betim busca se organizar em conceitos e eixos conforme os que orientam atualmente a discussão de política cultural no Brasil. Esses conceitos e eixos derivam das conferências nacionais de cultura realizadas nos anos 2000, das reflexões gestadas na elaboração do Plano Nacional de Cultura e dos vinte planos municipais de cultura primeiramente elaborados no Brasil dentro do Projeto de Assistência Técnica da UFBA, dentre os quais se encontra Betim.
3.1. Reconhecimento e promoção da diversidade cultural
3.1.2. Betim, regiões e diversidade
Em Betim, é temerário falar em “identidade” cultural. “Identidades culturais” 1 são muitas, mas patente mesmo é dizer que Betim, da perspectiva da cultura, é composta de intensa diversidade. O município é organizado administrativamente em oito regiões, as chamadas “regionais ou sub-prefeituras”, o que facilita a leitura panorâmica do contexto de desenvolvimento de cada uma. Desse modo, cada regional tem uma característica inerente ao seu processo de constituição, o que permite perceber as identidades culturais específicas de cada local.
As identidades da região central, onde está a referência histórica do município, estão articuladas à história da mineração no setecentos. Dos primeiros núcleos de povoação ligados às passagens de tropeiros e ao abastecimento, autonomizou-se o arraial surgido em torno do primeiro templo católico local, a Capela Nova. A cerca de duzentos metros atrás da Igreja, estava o Rio Betim e, transpondo-se suas margens, a população afrodescendente, que nomeou Angola seu território e nele