TRABALHO SOBRE O AMOR ROMANTICO
O sonho da maioria das pessoas até hoje ainda é casar ou ter um grande amor. Esse sonho não existe à toa, não surgiu e nem se estabeleceu no nosso imaginário de maneira natural, muito menos ocasional. Ele foi cuidadosamente construído através dos tempos com a função de ditar padrões, manter a população com uma mesma perspectiva de vida, e sustentar uma cultura que mantivesse as pessoas satisfeitas e realizadas por causa de uma conquista imaginária. O amor romântico remete à ideia do amor sublime, da felicidade eterna. Ele traz consigo a ideia de completude, por meio da qual o outro irá nos completar física e emocionalmente.
É o ideal sonhado por qualquer personagem de filme ou novela, assim como também é o ideal de quase toda a sociedade ocidental moderna. O casamento, entre outros rituais românticos, seria um meio de as pessoas comuns também viverem sua aventura, seu conto de fada, tal qual as personagens que acompanham. Não nos é ensinado que no dia a dia de um casal ocorrem dificuldades, desapontamentos e frustrações que vão além das enormes expectativas românticas que criamos quando estamos apaixonados. E quando essas expectativas são frustradas, logo o parceiro é visto como um problema; duvidamos do outro, do relacionamento, e até mesmo de nós diante das desilusões.
O amor romântico é construído em torno da idealização do amado em vez da realidade. A pessoa inventa o que quer e atribui ao outro características de personalidade que na verdade ele não possui. Mas na convivência diária é impossível manter a idealização. Quando ocorre o desencanto, isto é, quando percebemos que o outro é um ser humano e não a personificação de nossas fantasias, nos ressentimos e geralmente o culpamos. O que ninguém pensa é que somos nós que precisamos modificar as expectativas que alimentamos e as exigências que impomos aos nossos relacionamentos.
Vivemos um período de grandes transformações no mundo, e, no que diz respeito ao amor, o dilema