Trabalho sobre o aborto
A prática do aborto no Brasil é proibida por lei, exceto em duas situações: estupro e risco de vida da gestante. Porém, os hospitais não estão preparados, para atender mulheres que se enquadrem em uma dessas situações. Em São Paulo, apenas o Hospital do Jabaquara tem implantado um programa de "aborto legal", que atende com dignidade mulheres vítimas de estupro ou com risco de vida, mediante a apresentação de um boletim de ocorrência e com no máximo 12 semanas de idade gestacional. Atualmente estes serviços começam a se expandir para outros estados.
As pesquisas públicas apontam que a nível mundial, cerca de 150 mil mulheres morrem anualmente por prática de abortos clandestinos, incompletos. No Brasil, a média de morte materna é de 156 mulheres para cada 100 mil nascimentos. O aborto é considerado uma das principais causas de mortalidade materna. Cerca de 60% dos leitos de ginecologia no Brasil são ocupados por mulheres com sequelas de aborto. O número de abortos é enorme, porém não há dados estatísticos claros, devido a clandestinidade com que é praticado.
Um estudo divulgado pela Organização Mundial da Saúde revelou que cerca de 45 milhões de abortos são realizados anualmente. Entre esses abortos, em média 20 milhões são realizados em condições inseguras e ilegais, causando a morte de mais de 70 mil mulheres por ano. É nos países do terceiro mundo que se dão 50% dos abortos