Trabalho sobre gênero: uma análise do filme a pequena sereia
Anne Tarine Tavares
Fernanda Alvarenga
Juliane Colombo
Vera Morselli
Universidade Católica de Goiás
Goiânia, 2009 Atualmente existem vários conceitos de gênero e ao longo de vários anos, estes sofreram grandes mudanças. Segundo Maia (2007), gênero é um instrumento político capaz de visibilizar, valorizar as experiências e desvelar relações de poder e de subordinação. Este conceito começou a ser mudado com os movimentos feministas. No final dos anos 60, começou a fazer oposição a “sexo”, pois enquanto este refere ao que é biologicamente dado, gênero se refere ao que é socialmente construído. (Farah, 2004; Pedro, 2005 citados por Maia, 2007) Estes movimentos ganharam força quando a mulher começou a sair de casa para participar na renda familiar e na política e quando o sexo se desvinculou da função reprodutiva. Como o gênero é um conceito que se constrói socialmente, este sofre influência da sociedade, da família, da cultura e da mídia. Isto vai sendo construído a partir do momento da concepção. E desde a infância já vão sendo moldadas as idéias de homem e de mulher, o que o menino pode fazer e o que a menina não pode fazer. Cria-se a idéia de que estes exercem funções diferentes, sendo reservada à menina a submissão, o sexo frágil (Rael, 2003). Esta idéia é confirmada por Rael (2003) que discute as três formas de representação gráfica feminina: as protagonistas são adolescentes, onde a fragilidade da mulher está na pureza e na inocência, as personagens que representam a beleza madura são aquelas que estão no auge de sua sexualidade, onde a fragilidade pode ser vista na própria idade, na dificuldade de competir com as mais jovens e as mulheres pós-menopausa são representadas pelas serviçais, onde a fragilidade está na repressão dos relacionamentos afetivos, sendo vistas como santas que trabalham em prol do outro. Para Rael (2003) alguns