tRABALHO SOBRE FHC SEU GOVERNO
No entanto, as derrotas do passado não invalidam a necessidade de construção de uma nova sociedade.
Torna-se cada vez mais urgente a denúncia de todas as formas de opressão. Não é possível reformar o capitalismo, ou seja, não existem caminhos conciliatórios com o capital. Ainda que o mundo da produção tenha passado por inúmeras transformações nos últimos anos, a essência predatória e anticivilizatória do capitalismo continua a mesma observada por Marx e Engels no século
XIX. O mundo explode em contradições. A vitória do mercado levou a pontos jamais vistos o processo de desumanização, a miséria de milhares e a concentração de capitais nas mãos de poucos.
A prosperidade prometida pelos intelectuais comprometidos com a manutenção da ordem não passou de um engodo. O ímpeto de destruição, até mesmo nos países que atingiram maior estabilidade social, tende a crescer. Seriam os processos e as reformas educacionais que buscam ‘valorizar’ o
‘saber do educando’, ou ainda, a ‘cultura popular’ uma contribuição efetiva da educação para as lutas contra a hegemonia do capital?
Não se trata aqui de rejeitar a ‘cultura popular’ em suas diferentes manifestações, mas de proporcionar ao educando o conhecimento sistematizado e historicamente construído. Torna-se necessário e urgente uma educação que explique a realidade, que apreenda as relações fundamentais da sociedade, na sua organização e nos seus conflitos e contradições. A superação da sociedade burguesa não prescinde do conhecimento produzido historicamente pela burguesia. Nesse sentido, a escola pode ser uma trincheira importante na luta dos trabalhadores pela superação da ordem.
Assim, entendemos que a história não persegue uma meta estabelecida, ela é um produto da ação dos homens dentro de determinadas circunstâncias dadas pelas correlações de forças na luta de classes.
Dessa forma, se