Trabalho sobre derivativos
A crescente interligação dos mercados financeiros, propiciada por pressões de desregulamentação do segmento bancário e atribuída pelo avanço tecnológico e pelo desenvolvimento de novos produtos de finanças, possibilita uma melhor alocação de recursos, tendo em vista que um número maior de alternativas de investimento torna-se disponível aos agentes financeiros. Assim, agentes superavitários e agentes deficitários em partes diversas do mundo, podem interagir de moto mais eficiente, com menos barreiras e dificuldades para efetuarem transações financeiras.
Por outro lado, a facilidade e a rapidez dos fluxos de capitais implicam maiores riscos para o sistema financeiro como um todo, em decorrência do aumento da probabilidade de que um evento específico para determinado agente acarrete perdas sistêmicas, isto é, perdas que afetam todo o segmento financeiro. Uma vez que o sistema financeiro é formado por instituições que se encontram fortemente atreladas umas às outras, problemas com um participante do mercado podem rapidamente se propagar, pondo em risco a credibilidade de todo o mercado financeiro.
Neste contexto, os agentes do mercado financeiro, buscando proteções contra perdas, vêm continuamente desenvolvendo mecanismos para a gestão de riscos. Dentre estes mecanismos, os contratos de derivativos surgem como relevantes instrumentos para transferência de risco, permitindo que os agentes financeiros possam ajustar suas carteiras de investimento a um nível adequado de risco, conforme seu perfil e de tolerância ao risco e suas disponibilidades de recursos em termos de volume e horizonte de tempo das aplicações.
Instrumentos derivativos destinam-se a proteger as empresas de variações adversas do mercado, possibilitando a proteção ou hedge de suas operações mercantis ou financeiras. Algumas empresas também utilizam esses instrumentos com fins especulativos visando alavancar posições, buscando maximizar o retorno de seus investimentos.
Situações