Trabalho sobre decartes
DO IDEALISMO AO REALISMO
Descartes encontra uma certeza inquestionável que lhe permite responder ao cético, que não considerava possível nenhuma certeza, através do pensamento de que o solipsismo é uma consequência direta do próprio argumento do cogito. Porém como descartes não formulou leis e princípios que explicassem como o real funcione, não encontrou uma ponte entre o pensamento subjetivo e a realidade objetiva, ou seja, não fundamentou a ciência, então ele foi bastante pressionado pelos céticos. A concepção carteciasa de ciência é ainda a clássica, derivada em grande parte de Aristóteles. Trata-se de um corpo de verdades teóricas, universais e necessárias, de certezas definitivas, que não admitem correção ou refutação.
Com a contribuição das críticas feitas pelos céticos e empiristas e este modelo e aos critérios de validade que adota, esta concepção se alterou progressivamente ao longo do pensamento moderno, dando origem a uma redefinição da própria noção de ciência e acabando por levar à visão pluralista e construtivista que encontramos na ciência contemporânea.
Na terceira meditação, Descartes com a estratégia de começar pela introspecção, pelo exame do próprio pensamento, empreende seu caminho ruma à garantia da possibilidade do conhecimento. Ele pensa que enquanto se mantiver nesse espaço interior, a certeza lhe será garantida, uma vez que não dependerá de nenhum intermediário. Com isso Descartes conclui que é do juízo, composto de ideias, que podemos afirmar a verdade ou falsidade.
Descartes adota o critério da evidência do cogito no exame das ideias que encontra em sua mente. Uma ideia será válida ou adequada na medida em que for evidente, isto é, clara e distinta. Porém, para que haja conhecimento é preciso que as ideias correspondam a objetos dos quais são ideias. “As ideias são em mim como quadros ou imagens”, diz Descartes.
Descartes identifica três tipos de ideias: as ideias inatas, que são